DESENVOLVIMENTO
A felicidade nas entrelinhas: o poder das pequenas alegrias.
Com texto de Franciane Fenólio.
É fascinante como, na correria do dia a dia, muitas vezes deixamos escapar os pequenos momentos que, somados, tecem uma tapeçaria rica de contentamento. Sabe aquela sensação gostosa de um café fresquinho pela manhã? O sorriso inesperado de um estranho na rua, o cheiro da terra molhada depois da chuva... São instantes fugazes, sussurros de bem-estar que possuem uma força imensa.
Você percebe essas pequenas alegrias? Há algum momento singelo que te desperte um sorriso? A Fran, nossa convidada para a newsletter desta quinzena, é especialista em Cultura da Felicidade e nos traz alguns:
“Insights para observar a felicidade:
Preste atenção nas suas emoções: observe os momentos em que você se sente feliz e identifique o que te proporciona essa sensação.
Cultive a gratidão: agradeça pelas coisas boas da sua vida, por menores que sejam.
Pratique a gentileza: faça algo bom para alguém sem esperar nada em troca.
Conecte-se com a natureza: passe tempo ao ar livre, apreciando a beleza do mundo natural.
Viva o presente: concentre-se no momento presente, sem se preocupar
Quero convidá-los (as) a uma profunda reflexão sobre o que realmente significa ser feliz. Afinal, a felicidade não é um estado permanente de euforia, mas sim uma jornada rica em nuances e aprendizados.
É comum acreditarmos que a felicidade reside em grandes conquistas, como a viagem dos sonhos, o carro novo ou aquela casa com um grande quintal e piscina. Sem dúvida, esses eventos proporcionam alegria, mas a verdadeira felicidade reside em saber apreciar as pequenas coisas da vida.
Dar valor ao simples fato de termos acordado vivos, com saúde, ao lado das pessoas que amamos e entender que isso é um presente, é algo que precisamos aprender, caso ainda não saibamos.
Temos o costume de buscar pela felicidade naquilo que nos traz prazer imediato, mas ela não se sustenta assim e não seremos eternamente felizes ou pelo menos não seremos felizes a todo tempo apenas com prazer, pois logo depois vem o vazio e às vezes, o arrependimento, por exemplo, pela compra mal feita ou indevida. É o que chamamos de felicidade hedônica, baseada em bens materiais. É como se estivéssemos em uma montanha-russa de emoções, com altos e baixos constantes.
Por outro lado, temos o que chamamos de felicidade eudaimônica, aquela que está relacionada a uma sensação mais profunda de propósito e significado na vida. É como uma caminhada serena em meio à natureza, com momentos de paz interior e satisfação duradoura. Está baseada geralmente nas relações e naqueles pequenos momentos de alegria que a vida sempre nos proporciona, mas que muitas vezes somos incapazes de ver beleza neles ou de entender o quão valiosos são.
Para cultivar a felicidade eudaimônica, precisamos aprender a apreciar e valorizar o que já temos. É reconhecer a beleza de um dia ensolarado, o sabor de uma refeição caseira, o abraço acolhedor de um amigo. É encontrar alegria nas pequenas interações do dia a dia, nos momentos de conexão com a natureza e nas atividades que nos trazem paz interior.
Um dos pilares da felicidade eudaimônica são as relações interpessoais, como mencionei anteriormente. Cultivar laços afetivos, conectar-se com outras pessoas e construir uma rede de apoio social são elementos essenciais para uma vida feliz e plena. Como afirma o Dr. Robert Waldinger, diretor do Harvard Study of Adult Development, o estudo mais longo sobre felicidade já realizado, "bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e saudáveis".
A felicidade é como um músculo que precisa ser exercitado. Podemos fortalecer essa habilidade através de práticas como a gratidão, o otimismo, a compaixão e o mindfulness. É importante dedicar tempo para cuidar de si mesmo, cultivar hobbies, buscar novas experiências e aprender coisas novas.”
A felicidade não é um destino, mas sim uma jornada. É sobre encontrar alegria nas pequenas coisas, cultivar relações significativas e viver com propósito. Que possamos todos aprender a apreciar as entrelinhas da vida e encontrar a felicidade nos momentos mais simples.”
Alguns livros e outros insights
- Martin Seligman, considerado o pai da Psicologia Positiva, defende que a felicidade autêntica é construída através do desenvolvimento de forças e virtudes pessoais. Seu livro "Felicidade Autêntica" é uma ótima referência para quem busca aprofundar o tema.
- Sonja Lyubomirsky, autora de "A Ciência da Felicidade", apresenta diversas pesquisas e dicas práticas para aumentar o bem-estar e a felicidade no dia a dia.
- Tal Ben-Shahar, autor de "Happier", propõe um modelo holístico de felicidade, que integra os aspectos positivos e negativos da vida.
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